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Mini Phalaenopsis


Orquídea Mini Phalaenopsis
| Mini Phalaenopsis |

As populares orquídeas com flores em forma de falenas estão cada vez menores. Graças a um intensivo processo de hibridização, hoje é possível encontrar miniaturas perfeitas das imponentes orquídeas Phalaenopsis que costumam fazer sucesso na decoração de grandes eventos. Antes raras de serem encontradas, hoje as mini Phalaenopsis estão presentes em elegantes floriculturas, bem como em feiras e supermercados. E, a cada dia, surgem variedades ainda menores. A tal ponto que teremos, em breve, as micro Phalaenopsis.

Origem da mini Phalaenopsis


No passado, as mini Phalaenopsis que encontrávamos no mercado eram simplesmente espécies de orquídeas cujas flores e porte eram naturalmente pequenos. Um exemplo clássico de miniatura bastante popular é a Phalaenopsis equestris. Outra orquídea que não pertence ao gênero Phalaenopsis, mas cujas flores são bastante semelhantes, é a Doritis pulcherrima. São todas orquídeas provenientes do sudeste asiático. Nestes casos, tratam-se de gêneros e espécies encontrados na natureza, não híbridos produzidos pelo homem. São mini Phalaenopsis naturais.


Como os gêneros Doritis e Phalaenopsis são bastante próximos, geneticamente falando, logo surgiram diversos híbridos entre os dois, conhecidos como Doritaenopsis. Estas orquídeas mestiças herdaram a beleza das flores da Phalaenopsis aliada ao tamanho diminuto e à grande quantidade de mini mariposas características da Doritis. Orquídeas que são originadas a partir do cruzamento entre gêneros diferentes são denominadas híbridos intergenéricos.

Orquídea Mini Phalaenopsis
Mini Phalaenopsis

Recentemente, os estudiosos que classificam as orquídeas, dispostos a nos enlouquecer, decidiram unir os dois gêneros, de forma que tudo pode se transformar simplesmente em Phalaenopsis.

Confusões à parte, mini Phalaenopsis não são obtidas da mesma forma que mini vacas ou mini porcos, processo em que se busca cruzar animais cada vez menores. No caso das orquídeas, outros gêneros e espécies são usados para diminuir o tamanho das flores e aumentar o volume das florações. São necessários anos de estudo e muitos cruzamentos para se chegar ao resultado desejado.

O processo de melhoramento genético é longo porque cada tentativa leva de três a quatro anos, no caso da mini Phalaenopsis, para que se tenha uma noção do resultado. As flores polinizadas transformam-se em cápsulas de sementes. Após meses de maturação, estas cápsulas são enviadas a laboratórios especializados, que realizam o complicado processo de germinação das sementes in vitro. Isso porque, na natureza, esta germinação ocorre em associação simbiótica com fungos micorriza. Em condições artificiais, este fenômeno ocorre de forma mais rápida e otimizada. Após anos de cultivo, as novas plantas são selecionadas de acordo com o tamanho e qualidade de suas florações.


É desta miscelânea de Phalaenopsis equestris, Doritis pulcherrima, Doritaenopsis, que surgem estas pequenas preciosidades, réplicas em miniatura das grandes orquídeas que estamos acostumados a ver em floriculturas.

Como cuidar da mini Phalaenopsis


De acordo com minhas observações no cultivo destas orquídeas em miniatura, chego à conclusão de que as florações das mini Phalaenopsis são ainda mais duráveis do que as já longevas flores das versões em tamanho normal. Além disso, é sempre bom lembrar que, no caso deste gênero de orquídeas, a haste floral sempre pode emitir novas florações, após o fenecer das antigas. Este processo pode garantir que a orquídea fique florida por meses seguidos.

Também existe a possibilidade de que novos brotos surjam a partir das gemas dormentes destas hastes antigas. Estas brotações geram plântulas denominadas keikis. Como a mini Phalaenopsis é uma orquídea de crescimento simpodial, ou seja, não emite novos brotos sequencialmente, crescendo apenas a partir de um único ponto, para cima, o surgimento de novos keikis consiste na forma mais rápida de multiplicação desta planta. As condições exatas para forçar o surgimento de keikis, no entanto, ainda não são bem conhecidas. É uma questão de sorte. Por vezes, a haste floral emite novas florações, em outras ocasiões, novos keikis.


Outra característica que distingue a mini Phalaenopsis de suas primas maiores é quanto à sua facilidade de cultivo. Com folhas mais compactas, elas apresentam uma menor tendência à desidratação. É comum vermos folhas enormes de Phalaenopsis murchando, todas derretidas. Geralmente, este fenômeno é resultado da perda de água, resultante do comprometimento do sistema radicular da orquídea. No caso da mini Phalaenopsis, por possuir folhas menores, a área de evaporação é menor e a ocorrência desta desidratação diminui.

Além disso, como mini Phalaenopsis são obviamente plantadas em vasos menores, o substrato no interior destes recipientes tem a tendência de secar mais rapidamente, entre uma rega e outra. Este é outro fator que protege as raízes do excesso de umidade e seu consequente apodrecimento.

Orquídea Mini Phalaenopsis
Mini Phalaenopsis

É sempre bom lembrar que o grande inimigo da maioria das orquídeas é o excesso de regas. Como epífita, a mini Phalaenopsis deve ser plantada em substrato próprio para estas plantas, com uma mistura de casca de pinus, carvão vegetal e fibra de coco. Há exemplares que já chegam do produtor plantadas em musgo sphagnum. Neste caso, o cuidado com as regas deve ser redobrado, já que o material retém muita umidade. Alternativamente, a mini Phalaenopsis fica ótima em pequenos pedaços de troncos de árvores, situação que pede regas mais frequentes.

Os demais cuidados como adubação e iluminação seguem aqueles preconizados para a maioria das orquídeas. Diversos destes temas já foram tratados aqui no blog. Também já demos dicas para o cultivo de orquídeas em apartamento. Para acessar, basta clicar nos respectivos links.


O mito do vaso transparente


Existe uma crença, principalmente em relação à orquídea Phalaenopsis, de que ela deve ser plantada em vasos de plástico transparente. A teoria equivocada, neste caso, é de que as raízes precisariam de luz para realizarem fotossíntese. Isto não é verdade, uma vez que raízes são estruturas especializadas na captação de água e nutrientes. Quem faz fotossíntese são as folhas. Portanto, não há necessidade de se utilizar vasos transparentes no cultivo de qualquer orquídea, seja ela epífita ou não. Sempre lembrando que vasos de cerâmica são mais arejados, permitem uma maior ventilação das raízes, tendo inclusive furos laterais. Vasos de plástico retêm a umidade por mais tempo. Por outro lado, são mais leves e baratos.

Considerações finais


As orquídeas Phalaenopsis já são bastante floríferas. A impressão que tenho é de que as mini Phalaenopsis costumam florescer com ainda mais facilidade e frequência. A grande durabilidade destas florações, aliada ao porte compacto da planta, faz desta mini orquídea uma excelente opção para cultivadores de interiores, em casas, escritórios ou apartamentos, sejam eles iniciantes ou não. Mini Phalaenopsis trazem um toque refrescante e tropical de natureza a qualquer ambiente.

Publicado em: | Última atualização:





Bacharel em biologia pela Unicamp, com mestrado e doutorado em bioquímica pela Usp, escreve sobre o cultivo de orquídeas, suculentas, cactos e outras plantas dentro de casas e apartamentos.

São Paulo, SP, Brasil