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Suculenta Graptopetalum macdougallii


Suculenta Graptopetalum macdougallii
| Graptopetalum macdougallii |

Esta é uma planta suculenta cujas delicadas rosetas lembram uma pequena Echeveria. No entanto, trata-se de uma espécie pertencente a outro gênero, Graptopetalum macdougallii. A diferenciação é facilmente levada a cabo quando observamos a presença dos inúmeros filhotes suspensos, uma marca registrada desta suculenta. Outro ponto de destaque é sua coloração pálida, verde azulada, incrivelmente ornamental. A seguir, algumas informações e dicas de cultivo desta planta bastante presente nas coleções.

A suculenta Graptopetalum macdougallii pertence à grande família Crassulaceae, bastante popular pelas suas espécies suculentas cultivadas com fins ornamentais. Sua parente mais famosa é a planta fantasma, cujo nome científico é Graptopetalum paraguayense. Apesar dos nomes, ambas as plantas são nativas do México, país de origem de um grande número de gêneros colecionados pelos aficionados.


O nome específico do Graptopetalum macdougallii é uma latinização do sobrenome de seu descobridor, o botânico americano Thomas MacDougall. Ao contrário da planta fantasma, esta suculenta não é conhecida por um apelido ou nome popular famoso, nem aqui, nem no exterior.

Trata-se de uma planta endêmica, o que significa que ela somente é encontrada nativamente em uma pequena região do México, nas montanhas de Tehuantepec, localizadas no Estado Libre y Soberano de Oaxaca. O Graptopetalum macdougallii vive geograficamente isolado de outras espécies do gênero, em uma área de elevadas altitudes. Contrariando o estereótipo das suculentas torrando sob sol pleno, calor e aridez, esta espécie habita um local de clima temperado, sombreado pelas rochas.

Infelizmente, as populações originais de Graptopetalum macdougallii estão sendo ameaçadas pela coleta indiscriminada em seu habitat natural. Sua popularidade como planta ornamental é a principal responsável por esta situação. No entanto, trata-se de uma espécie maciçamente presente em coleções de todo o mundo, amplamente propagada e comercializada, podendo ser reintroduzida em seu local de origem sem maiores problemas.


As delicadas rosetas do Graptopetalum macdougallii são formadas por até cinquenta pequenas folhas suculentas, densamente imbricadas, cujo tamanho não ultrapassa sete centímetros. A partir da base destas rosetas, surgem diversos estolões, caules modificados que apresentam brotações em suas extremidades. Cada uma destas estruturas tem a capacidade de enraizar, quanto tocam o solo, gerando uma nova planta. Outro caso típico de suculenta com estolões é a rosinha de pedra, nome popular da espécie Orostachys boehmeri.

Outra característica bastante ornamental do Graptopetalum macdougallii é o aspecto fosco de suas folhas. Elas são recobertas por uma substância cerosa denominada pruína. Trata-se de um fino pó translúcido, que também está presente no Graptopetalum paraguayense e em muitas outras suculentas. É este acabamento que dá o aspecto empoeirado às folhas, tendo uma função protetora. Infelizmente, uma vez retirada, esta camada não é reposta pela planta. De tal forma que, frequentemente, deixamos as folhas todas marcadas com nossas digitais, ao manusearmos a suculenta. Para preservar sua aparência, o melhor é evitar passar a mão, além de não borrifar defensivos químicos, que arruínam este belo acabamento.

O Graptopetalum macdougallii, assim como todas as espécies do gênero, possui uma grande semelhança genética com os gêneros Echeveria, Sedum e Pachyphytum, de tal forma que podem ser produzidos híbridos intergenéricos a partir da miscigenação destas suculentas. É o caso da Graptoveria 'Fantome', já apresentada aqui no blog, que é resultado do cruzamento de Graptopetalum com Echeveria. Outro exemplo de híbrido intergenérico é o Graptosedum 'Bronze', fruto do cruzamento entre Graptopetalum e Sedum.


Os cuidados com o Graptopetalum macdougallii são bastante simples. Como já vimos, devido às condições em que se encontra, em seu habitat original, esta suculenta aprecia um local mais sombreado, quando comparada a outras espécies do gênero. Sendo assim, trata-se de uma excelente opção para quem mora em apartamento, e não dispõe de muito sol direto. Ainda assim, esta planta pode tolerar algum sol pleno, mas deve ser protegida por uma tela de sombreamento, nas horas mais quentes do dia. Quanto mais luminosidade o Graptopetalum macdougallii receber, mais compactas ficarão suas rosetas. Por outro lado, se o local for demasiadamente sombreado, a suculenta tende a ficar estiolada, crescendo aceleradamente em busca de luz. Como resultado, temos uma planta mais fina e comprida.

O vaso para o plantio da suculenta Graptopetalum macdougallii deve ter uma camada de drenagem no fundo, composta por brita, argila expandida ou pedrisco. Por cima, pode ser ajustada uma manta geotêxtil, para impedir que o substrato escape durante as regas. O solo deve ser arenoso, composto por uma mistura de terra vegetal e areia grossa, em partes iguais. Para quem prefere praticidade, existem substratos próprios para o cultivo de cactos e suculentas, à venda em lojas especializadas e garden centers.

As regas devem ser espaçadas, de modo a permitirem que o substrato seque bem, durante os intervalos entre uma irrigação e outra. Para saber quando é hora de regar novamente, basta colocar o dedo sobre o solo e afundar levemente. Se estiver úmido, deve-se postergar a rega para um outro dia. Para facilitar esta aferição, eu costumo evitar a colocação daquela camada de pedrisco branco sobre a terra, que tem função apenas decorativa. Outro ponto fundamental é evitar o uso de pratinho sob o vaso, que pode acumular a água das regas.


Por estar acostumado a um ambiente árido, com solo arenoso e pobre em matéria orgânica, o Graptopetalum macdougallii não precisa de um esquema muito elaborado de adubação. Eu, inclusive, evito misturar composto orgânico ao substrato, como húmus de minhoca ou esterco curtido, porque cultivo as suculentas dentro de casa. Durante a decomposição deste material, é inevitável que odores desagradáveis sejam liberados, com a concomitante chegada de insetos indesejados.

Embora o Graptopetalum macdougallii floresça, é improvável que isto aconteça no nosso cultivo doméstico, principalmente em interiores. Como a multiplicação de suculentas através de sementes é um processo muito complicado e incerto, o meio mais prático e rápido de se obter novas plantas é através da separação e plantio dos brotos produzidos espontaneamente, nas extremidades dos estolões, ou a partir da base da planta mãe. Além disso, as folhas destacadas podem ser colocadas em um berçário de suculentas, onde haverá a possibilidade de enraizarem e produzirem novas mudas.

Por ser uma planta delicada, compacta, que ocupa pouco espaço e requer menos luminosidade, a suculenta Graptopetalum macdougallii é uma excelente opção para quem está iniciando no cultivo destas plantas gorduchas, ou simplesmente quer mais praticidade e menos manutenção.

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Bacharel em biologia pela Unicamp, com mestrado e doutorado em bioquímica pela Usp, escreve sobre o cultivo de orquídeas, suculentas, cactos e outras plantas dentro de casas e apartamentos.

São Paulo, SP, Brasil