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Zamioculca - Zamioculcas zamiifolia


Zamioculcas zamiifolia
Zamioculcas zamiifolia |

O nome esquisito desta típica planta de sombra não a impediu de conquistar um lugar especial na preferência do público, especialmente dos jardineiros de apartamento. Seu nome popular vem de uma simples derivação do nome científico, em latim, Zamioculcas zamiifolia. De aparência exótica e incrivelmente ornamental, a zamioculca, como é conhecida no Brasil, preenche todos os requisitos que a tornam capaz de conferir um ar de sofisticação aos mais diferentes ambientes sombreados.

Em países de língua inglesa, a Zamioculcas zamiifolia é popularmente chamada apenas pelas iniciais de seu nome científico, zz plant. Ainda nesta linha, outro apelido carinhoso, não tão comum, dado a esta espécie, é zuzu plant.


A zamioculca é uma planta originária da África, sendo nativamente encontrada ao longo da costa leste do continente, banhada pelo Oceano Índico, desde o Quênia até a África do Sul, passando pela Tanzânia e Moçambique. Por este motivo, a espécie Zamioculcas zamiifolia também é conhecida como Zanzibar gem, em referência ao arquipélago que fica na costa tanzaniana.

Outros nomes populares cheios de glamour, frequentemente conferidos à zamioculca, principalmente no exterior, são emerald palm e eternity plant.

Curiosamente, esta bela planta africana foi inicialmente descrita como um caládio, recebendo o nome científico Caladium zamiifolium, no início do século XIX, em 1829. Posteriormente, a zamioculca foi transferida para o seu próprio gênero, Zamioculcas, dentro do qual permanece como espécie única, zamiifolia.


A zamioculca pertence à família botânica Araceae, a mesma de clássicas plantas ornamentais típicas de ambientes sombreados, tais como a jiboia, Epipremnum aureum, e a costela de Adão, Monstera deliciosa, entre muitas outras espécies.

Embora não seja lembrada como tal, a zamioculca apresenta as características de uma planta suculenta. Seus rizomas subterrâneos são capazes de armazenar uma grande quantidade de água, de modo a possibilitarem a sobrevivência desta espécie em ambientes mais secos. Suas folhas também apresentam uma textura firme, de aparência lustrosa, com pecíolos mais alargados na base.

À primeira vista, a anatomia da Zamioculcas zamiifolia pode ser um pouco confusa. Isso porque suas folhas compostas assemelham-se a caules. Cada haste que emerge do solo é, na verdade, uma única folha, formada por diversos folíolos, dispostos alternadamente, ao longo de pecíolos suculentos. Seus rizomas assemelham-se a batatas, que permanecem debaixo da terra, aumentando de tamanho, à medida que a planta se desenvolve.


Devido a esta robusta estrutura subterrânea, a zamioculca precisa ser plantada em vasos grandes. Estes recipientes devem ser trocados regularmente, à medida que a touceira se avoluma. Caso seja mantida em um mesmo vaso, por muito tempo, a planta pode causar a deformação ou ruptura do recipiente, em função da expansão de seu rizoma.

Embora possa ser cultivada em vasos de plástico, da mesma forma que vem do produtor, a zamioculca fica melhor acomodada em vasos de barro, terracota, cerâmica ou cimento. Isso porque, à medida que se desenvolve, a planta vai ficando cada vez mais alta, o que eleva seu centro de gravidade. Uma base mais pesada ajuda a estabilizar o conjunto, evitando tombamentos.

Ainda que seja uma planta extremamente resistente, de fácil cultivo, e que requer pouca manutenção, a Zamioculcas zamiifolia possui o seu calcanhar de Aquiles, que é o excesso de umidade nas raízes. Por ser uma planta de natureza semi suculenta, adaptada à vida em regiões semi áridas, a zamioculca precisa ser regada com bastante moderação. O solo deve secar completamente, de modo a ficar esturricado, antes que uma nova irrigação seja efetuada.


Por este motivo, o vaso precisa ter uma boa camada de drenagem no fundo, composta por argila expandida, brita ou cacos de telha. Por cima deste material, o posicionamento de uma manta geotêxtil ajuda a reter o substrato e impede que as raízes da zamioculca entupam os drenos do recipiente.

O solo ideal para o cultivo da zamioculca é aquele mais arenoso, o mesmo utilizado para cactos e plantas suculentas, de maneira geral. Embora misturas prontas possam ser adquiridas em lojas de jardinagem e garden centers, uma versão caseira pode ser obtida com partes iguais de terra vegetal e areia grossa de construção. Sempre lembrando que a areia da praia não é apropriada para esta finalidade, por conter elevados níveis de salinidade.

Não há a necessidade de se adicionar compostos orgânicos ao substrato, uma vez que a zamioculca está acostumada a solos pobres em nutrientes. Uma adubação inorgânica, do tipo NPK, tipicamente utilizada na manutenção de folhagens ornamentais, é suficiente para garantir um bom desenvolvimento desta planta.


Além de não depender de regas frequentes, a Zamioculcas zamiifolia também apresenta o atrativo de se desenvolver bem em ambientes mais sombreados, como aqueles encontrados nos interiores de casas e apartamentos. Claro que ela não pode ser colocada em um ambiente escuro, no hall do elevador. Mas a zamioculca vai bem em qualquer cômodo que tenha uma janela, com luz indireta ou filtrada. Esta é uma planta bastante utilizada em shopping centers e ambientes corporativos, já que a iluminação artificial também é capaz de suprir as necessidades desta espécie.

Aqui no apartamento, já obtive várias florações da minha zamioculca, ainda que esta não seja a estrutura mais ornamental da planta. Ela lembra a inflorescência do lírio da paz, Spathiphyllum wallisii, só que mais discreta, com a espádice envolvendo uma espiga central.

Assim como acontece com diversas plantas suculentas, a zamioculca pode ser propagada através de seus folíolos. Basta destacá-los da planta principal e colocá-los na água ou areia úmida, para que enraízem. O mesmo pode ser feito com a folha inteira, através de um corte junto à base do pecíolo. No entanto, este é um método bastante demorado. Serão necessários anos de cultivo, até que uma muda originada a partir deste processo se transforme em uma planta adulta.


Sendo assim, o método mais rápido de multiplicação da Zamioculcas zamiifolia consiste na simples divisão de suas touceiras. Vale sempre ter em mente que o desenvolvimento desta espécie é mais lento.

Como ocorre com todas as aráceas, a zamioculca apresenta elevados níveis de oxalato de cálcio em suas estruturas vegetais. Caso seja ingerida acidentalmente, esta substância química pode causar intoxicações em crianças e animais de estimação. Portanto, é sempre aconselhável manter esta planta longe do alcance destes pequenos curiosos.

De aparência exótica, diferenciada e ornamental, a zamioculca é a escolha ideal para quem cultiva suas plantas em interiores. Além disso, por requerer regas menos frequentes, esta é uma planta indicada para quem dispõe de pouco tempo para se dedicar ao cultivo. Por fim, sua resistência a torna uma excelente recomendação para os iniciantes.

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Bacharel em biologia pela Unicamp, com mestrado e doutorado em bioquímica pela Usp, escreve sobre o cultivo de orquídeas, suculentas, cactos e outras plantas dentro de casas e apartamentos.

São Paulo, SP, Brasil