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Maranta Pavão - Calathea makoyana


Calathea makoyana
| Calathea makoyana |

As folhas da maranta pavão são tão ricas em detalhes, que parecem terem sido pintadas à mão, uma a uma. Se observarmos com atenção, veremos que não há duas folhas iguais, em termos de estampas. Com efeito, alguns gêneros e espécies de marantáceas apresentam folhagens que nos remetem à aparência de um pavão. No entanto, é a Calathea makoyana a que mais fidedignamente se aproxima das características desta ave exuberante.

Este é o motivo pelo qual esta espécie botânica é conhecida como peacock plant, em diversos países de língua inglesa. Outro nome popular para a Calathea makoyana, no exterior, é cathedral windows, janelas de catedral, em referência aos vitrais que costumam adornar estas construções em estilo gótico. Aqui no Brasil, apesar de pertencer ao gênero Calathea, esta planta é mais conhecida como maranta pavão.


É importante salientar que Maranta e Calathea são dois gêneros distintos, do ponto de vista taxonômico. Ambos pertencem à família botânica Marantaceae. Contudo, é comum que seus nomes populares e científicos sejam misturados, o que causa uma certa confusão, em relação à correta identificação destas plantas.

Apesar de ser uma planta tropical, originária do Brasil, a maranta pavão é bastante conhecida, apreciada e cultivada em países do hemisfério norte, principalmente na Europa e Estados Unidos. A Calathea makoyana é uma planta de sombra típica, uma vez que vive no solo de densas florestas, beneficiando-se da luz filtrada pelas copas das árvores. Por este motivo, faz sucesso como planta de interior, principalmente em locais onde os invernos são mais rigorosos.

As folhas brilhantes e arredondadas da maranta pavão costumam realizar aquele típico movimento de se fecharem na posição vertical, ao cair da noite. De modo geral, as marantáceas apresentam este curioso comportamento, voltando a assumir a posição horizontal, aberta, com o raiar do dia. Sendo assim, a Calathea makoyana é outra espécie que pode ser genericamente apelidada de prayer plant, ou planta rezadeira.


Outra característica digna de nota, na maranta pavão, é o incrível efeito ornamental de suas folhas bicolores, estampadas em diferentes tonalidades de verde, na face superior, e tingidas de púrpura, na porção inferior. As novas folhas da Calathea makoyana surgem completamente enroladas, já exibindo a coloração avermelhada de seus versos.

No entanto, quando uma folha já adulta começa a ficar enrolada, é sinal de que falta umidade no ambiente. Outra característica que a maranta pavão costuma apresentar, em locais muito secos, é a ocorrência de folhas ressecadas, nas pontas.

A Calathea makoyana costuma ter a fama de uma planta geniosa, de difícil cultivo, em razão da sua dependência de elevados níveis de umidade relativa do ar. De modo geral, o interior de casas e apartamentos costuma ser mais seco, principalmente quando sofre a ação de aquecedores ou aparelhos de ar condicionado. Além disso, todos os tecidos presentes no ambiente, em mobílias, cortinas e tapetes, tendem a retirar a umidade do ar.


Tipicamente, a maranta pavão aprecia a umidade relativa do ar em níveis superiores aos 60%, em seu ambiente de cultivo. A forma mais garantida de se atingir este patamar é através da utilização de aparelhos umidificadores de ambiente, do tipo ultrassônicos. Além disso, fontes de água e aquários ajudam a aumentar a umidade, se localizados próximos à planta.

Outro aparato bastante útil, no cultivo da Calathea makoyana, é a bandeja umidificadora. Basta utilizar um recipiente raso, com uma camada de areia ou pedrisco no fundo, e uma lâmina de água, que não entra em contato direto com o fundo do vaso. A umidade sobe por capilaridade, ajudando a criar um microclima mais saudável para a maranta pavão. 

É importante lembrar que a falta de umidade no ambiente não pode ser compensada por um regime mais intenso de regas. O excesso de água nas raízes pode resultar em um efeito diametralmente oposto, causando o apodrecimento destas estruturas e a morte da planta por desidratação, ainda que haja mais água no vaso.


Por outro lado, a Calathea makoyana pode se beneficiar de borrifadas periódicas de água, com um spray bem fino sobre as folhas. Embora não solucione definitivamente o problema, este hábito ajuda a elevar, momentaneamente, os níveis de umidade no ambiente ao redor da maranta pavão.

A água muito dura, rica em sais minerais, tende a causar manchas nas folhas desta planta. O mesmo ocorre quando adubos inorgânicos são borrifados sobre estas estruturas. Adicionalmente, estes elementos tendem a ficar acumulados no substrato, causando um aumento na salinidade do material, prejudicando o desenvolvimento da planta.

A maranta pavão aprecia um solo fértil, rico em matéria orgânica, tal como acontece em seu habitat de origem. Substratos adubados podem ser adquiridos em lojas de jardinagem, já prontos para o uso. Caso o cultivador prefira, pode misturar terra vegetal e composto orgânico, como húmus de minhoca ou esterco curtido, em partes iguais. O importante é que o solo resultante fique bem aerado, pouco compactado e rapidamente drenável.


Uma adubação leve, de manutenção, do tipo NPK, pode ser fornecida durante a primavera e verão, quando o metabolismo da planta está mais ativo. Como o substrato já é enriquecido com matéria orgânica, o fornecimento de fertilizantes inorgânicos pode ser mantido em níveis bem baixos. Sempre lembrando que o excesso de adubação é mais prejudicial do que sua falta.

As regas da maranta pavão devem ser frequentes, mas sem excessos. O substrato deve ser mantido sempre ligeiramente úmido, sendo importante evitar que o solo seque demasiadamente. Para que não haja a proliferação do mosquito da dengue, e com o intuito de evitar o apodrecimento das raízes, por excesso de umidade, o uso do pratinho sob o vaso deve ser evitado. De tempos em tempos, a Calathea makoyana deve ser regada abundantemente, debaixo de uma torneira, para que os sais minerais acumulados no substrato sejam eliminados.

O sol direto pode causar queimaduras nas folhas da maranta pavão. Esta é uma planta que aprecia ambientes com uma boa luminosidade indireta, difusa, tipicamente encontrada no interior de casas e apartamentos. Em caso de janelas face oeste, a planta deve ser protegida do sol mais intenso, na parte da tarde, com uma cortina fina ou tela de sombreamento.

Ainda que possa ter lá sua lista de exigências, esta diva recompensa todos os esforços do cultivador, com sua folhagem exuberante e luxuosa. Sem dúvida, a maranta pavão, juntamente com outras parentes ricamente estampadas, dão um show nos mais diversos ambientes internos.

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Bacharel em biologia pela Unicamp, com mestrado e doutorado em bioquímica pela Usp, escreve sobre o cultivo de orquídeas, suculentas, cactos e outras plantas dentro de casas e apartamentos.

São Paulo, SP, Brasil