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Rosinha de Sol - Aptenia cordifolia


Suculenta Aptenia cordifolia
| Aptenia cordifolia |

Nem todas as plantas suculentas são conhecidas pela importância ornamental de suas florações. Neste contexto, a rosinha de sol é uma honrosa exceção. Extensamente cultivada em vasos e jardins, esta planta traz cor e alegria a qualquer ambiente, graças às suas delicadas flores rosadas, com inúmeras pétalas finas, cuja aparência lembra a de margaridas em miniatura. Além disso, apenas sua parte vegetativa também é bastante decorativa, com pequenas folhas gorduchas.

A rosinha de sol é uma planta de origem africana, pertencente à família Alzoaceae. Por incrível que pareça, também fazem parte desta família as suculentas do gênero Lithops, bastante apreciadas pelos colecionadores, devido à sua aparência pétrea. São popularmente conhecidas como living stones, pedras vivas. Vale salientar que a rosinha de sol não tem parentesco com as clássicas suculentas conhecidas como rosas de pedra, que pertencem a outra família, Crassulaceae. Também é importante não confundi-la com a espécie Orostachys boehmeri, cujo apelido é rosinha de pedra.


O nome científico da suculenta popularmente chamada de rosinha de sol é Aptenia cordifolia. No exterior, ela é conhecida como baby sun rose. Como o próprio nome já diz, trata-se de uma planta típica de áreas externas e ensolaradas, frequentemente utilizada como forração, nos jardins, devido ao seu hábito rasteiro. Em função das condições climáticas do seu habitat de origem, no sul da África, a rosinha de sol não tolera climas muito frios e nem úmidos. Também não é uma planta que sobrevive às geadas. Ela é perfeita para compor jardins de inspiração desértica, com cactos e outras suculentas.

Para quem mora em casas e apartamentos, não dispondo de um jardim ensolarado, a rosinha de sol pode, ainda assim, fazer parte da coleção, plantada em vasos ou jardineiras. Nesta situação, a Aptenia cordifolia desenvolve-se sob a forma pendente, ficando bastante ornamental em vasos suspensos. Sua única exigência é que o ambiente receba bastante luz solar. A rosinha de sol é ideal para aquelas jardineiras que ficam do lado de fora da janela, ou para varandas bem ensolaradas. A regra é clara: sem sol, nada de rosinhas.

Além da clássica versão de folhas suculentas com cor de alface, em um tom belíssimo de verde claro, a rosinha de sol também existe na forma variegata. Esta é um pouco mais difícil de ser encontrada no mercado. Além disso, existem variedades capazes de produzir flores brancas, rosadas ou avermelhadas. A Aptenia 'Red Apple', por exemplo, é um híbrido primário resultante do cruzamento entre a Aptenia cordifolia e Aptenia haeckeliana, produzindo belíssimas margaridinhas vermelhas. O mais comum, no entanto, é encontrarmos a espécie Aptenia cordifolia, com suas flores em um tom mais claro de magenta.

Suculenta Aptenia cordifolia
Aptenia cordifolia

O solo ideal para o cultivo da rosinha de sol é aquele, ao mesmo tempo arenoso e rico em matéria orgânica. Pode-se preparar uma mistura que contenha terra vegetal, areia grossa e adubo orgânico, em partes iguais. Pode-se utilizar esterco curtido, húmus de minhoca ou misturas com farinha de osso e torta de mamona. É bom que o solo não fique muito compactado, e que seja bastante drenável. Como toda suculenta, a rosinha de sol não tolera substratos úmidos por muito tempo.


Sendo assim, na hipótese de a Aptenia cordifolia ser cultivada em vasos, é preciso que eles tenham furos no fundo e que seja feita uma boa camada de drenagem, composta por pedrisco, brita ou argila expandida. É sempre recomendável não colocar o pratinho sob o vaso, para evitar que a água das regas fique acumulada e prejudique as raízes. Como cresce rapidamente, ficando pendente, o melhor é cultivar a rosinha de sol em vasos de plástico, que são mais leves, podendo ser pendurados, além de permitirem um replante mais rápido e tranquilo.

Por apreciar um clima mais seco e quente, como o de seu habitat natural, a rosinha de sol precisa ser regada com parcimônia. O ideal é esperar que o substrato seque bem, antes de realizar uma nova irrigação. Também é importante ajustar a frequência de regas de acordo com as estações do ano. Nos meses mais frios, a rega deve ser reduzida.


Uma vez que o solo já foi preparado com matéria orgânica, não é necessário realizar uma adubação muito elaborada da Aptenia cordifolia. No entanto, caso a rosinha de sol apresente alguma relutância em florescer, pode-se aplicar uma formulação específica para estimular o processo. Existem adubos para floração, que são mais ricos em fósforo, a letra P do NPK.

Com bastante sol e uma adubação correta, a rosinha de sol pode florescer ao longo de todo o ano. É bem verdade, no entanto, que as flores surgem em maior abundância durante os meses mais quentes do ano, durante a primavera e verão.

Uma grande vantagem apresentada pela rosinha de sol é o fato de suas folhas não serem tóxicas, ao contrário do que ocorre com várias plantas ornamentais comumente utilizadas no paisagismo. Na verdade, várias espécies da família Alzoaceae costumam ser utilizadas na culinária. A rosinha de sol, por exemplo, é comestível e costuma ser adicionada às saladas. Em algumas culturas, ela também é utilizada como planta medicinal, devido às suas alegadas propriedades anti-inflamatórias. De fato, estudos científicos utilizando extratos alcoólicos das folhas da Aptenia cordifolia evidenciaram uma ação anti-inflamatória em modelos animais.


A rosinha de sol é facilmente multiplicada através de ramos cortados e colocados para enraizamento. Muitos brotos surgem espontaneamente, de modo que sua propagação é bastante acelerada. Alternativamente, pode-se obter novas mudas a partir das folhas, como acontece com várias plantas suculentas. Apesar de mais demorada, a multiplicação por sementes também é possível. Trata-se de uma planta que requer muito pouca manutenção. Diferentemente de gramados, que precisam ser aparados regularmente, a Aptenia cordifolia possui um crescimento vigoroso, mas comportado. As podas de manutenção resumem-se à retirada de galhos secos, ocasionalmente. Além disso, a rosinha de sol apresenta a vantagem de impedir o crescimento de plantas invasoras.

Embora não seja a planta típica de interiores, a rosinha de sol é uma simpática suculenta, que eu adoraria ter aqui no apartamento. Meu plano é colocá-la na varanda, onde há uma grande incidência de luz solar, graças à sua orientação voltada para oeste. A imagem que ilustra este artigo é de uma planta usada como forração. Aqui, gostaria de tê-la pendente, em um vaso suspenso. O único problema aqui é a ventania, que faz com que os vasos pendurados girem como peões.

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Bacharel em biologia pela Unicamp, com mestrado e doutorado em bioquímica pela Usp, escreve sobre o cultivo de orquídeas, suculentas, cactos e outras plantas dentro de casas e apartamentos.

São Paulo, SP, Brasil