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Escudo Persa - Strobilanthes dyerianus


Strobilanthes dyerianus
| Strobilanthes dyerianus |

São poucas as plantas ornamentais que apresentam um colorido tão esfuziante quanto o observado nas folhagens roxas do escudo persa, cujo nome científico é Strobilanthes dyerianus. A venação simétrica e o aspecto tridimensional de cada folha, com seus reflexos metálicos, dão embasamento ao apelido desta interessante espécie botânica, ainda pouco vista nos projetos paisagísticos. 

Conhecido no exterior como persian shield ou royal purple plant, o Strobilanthes dyerianus pode ser cultivado tanto em áreas externas, sob meia sombra, como em ambientes internos, desde que haja bastante luminosidade indireta. Esta é uma planta que nem precisa florescer, para encher qualquer cômodo de cores vivas, que perduram ao longo de todo o ano.


É importante ter em mente o fato de que as folhagens roxas, por conterem pigmentos fotossintetizantes diferentes da clorofila, que dá o colorido verde à planta e é mais eficiente, acabam necessitando de mais luz para que tenham um bom desenvolvimento, principalmente dentro de casas e apartamentos.

Neste contexto, é fundamental que o escudo persa seja cultivado em um local próximo a uma janela bem iluminada, preferencialmente face norte. O Strobilanthes dyerianus também aprecia varandas, desde que seja protegido do sol mais intenso da tarde, no caso de ambientes voltados ao oeste. Telas de sombreamento, ou mesmo uma cortina fina, ajudam a filtrar o sol pleno e protegem a planta contra queimaduras nas folhas.

A espécie ornamental conhecida como escudo persa pertence à família botânica Acanthaceae, a mesma de outras plantas apreciadas por seu colorido exótico, como a planta mosaico, Fittonia albivenis, e a planta confete, Hypoestes phyllostachya. As florestas tropicais, quentes e úmidas de Myanmar, antiga Burma, constituem o habitat original do Strobilanthes dyerianus.


O nome desta espécie, em latim, faz uma homenagem ao botânico inglês William Turner Thiselton-Dyer, que foi diretor do Royal Botanic Gardens, Kew, entre o final do século XIX e o início do século XX. Há quem utilize a forma feminina para o nome desta espécie, Strobilanthes dyeriana. As mais de trezentas espécies pertencentes ao gênero Strobilanthes são nativamente encontradas em diversas regiões da Ásia tropical, podendo também haver ocorrências na ilha de Madagascar.

Por esta razão, o escudo persa não aprecia ambientes muito frios. Em países de clima temperado, esta é uma típica planta de interiores. Além disso, devido à sua origem tropical, o Strobilanthes dyerianus não se dá bem em cômodos que sofrem a ação de aparelhos de ar condicionado, uma vez que os níveis de umidade relativa do ar tornam-se muito baixos.

Dentro de casas e apartamentos, este problema pode ser resolvido com o uso de um umidificador de ambiente, do tipo ultrassônico. Fontes de água, aquários e bandejas umidificadoras também ajudam a promover um microclima mais saudável para o cultivo do escudo persa.


Esta é uma planta que vai bem em vasos de plástico, já que o material ajuda a reter a umidade no solo, por mais tempo. Devido à porosidade, os vasos de barro secam mais rapidamente. É importante que o recipiente tenha furos no fundo e um bom sistema de drenagem, composto por uma camada de pedrisco, cacos de telha ou argila expandida. Por cima deste material, uma manta geotêxtil ajuda a reter o substrato e impedir que as raízes do escudo persa entupam os drenos.

Ainda que o Strobilanthes dyerianus aprecie umidade, é importante que o solo não fique encharcado por muito tempo. Por isso, é sempre aconselhável evitar o uso do pratinho sob o vaso, que pode acumular a água das regas e levar ao apodrecimento das raízes. Uma boa solução para este problema é colocar areia ou brita no pratinho. Desta forma, o fundo do vaso não entra em contato direto com a água. Este sistema funciona como uma bandeja umidificadora, onde a umidade sobe apenas por capilaridade e evaporação.

O escudo persa desenvolve-se bem em um solo rico em matéria orgânica, como aquele encontrado em florestas tropicais. É importante que o material não seja muito compactado e tenha a capacidade de drenar rapidamente a água das regas. Uma mistura de terra vegetal e composto orgânico, que pode ser húmus de minhoca ou esterco curtido, é apropriada para o cultivo do Strobilanthes dyerianus. Para quem gosta de praticidade, já existem substratos adubados, prontos para o uso, à venda em lojas de jardinagem e garden centers.


As regas do escudo persa podem ser frequentes, principalmente em ambientes muito secos, ou que sofram a incidência de ventos constantes. O importante é manter o solo sempre levemente úmido, sem que fique encharcado por muito tempo. Pode-se aferir o nível de umidade do substrato através do toque com o dedo, afundando-o levemente. O peso do vaso também é um ótimo indicador quanto ao melhor momento para efetuar uma nova rega. Se o recipiente estiver bem leve, é sinal de que o solo em seu interior já secou bastante. Durante o inverno, é importante reduzir a frequência das regas.

Embora o substrato para o cultivo do escudo persa já seja rico em compostos orgânicos, é importante suplementar a adubação com um fertilizante inorgânico, do tipo NPK. Uma formulação própria para o cultivo de folhagens é a mais indicada, neste caso, visto que o Strobilanthes dyerianus floresce mais raramente, principalmente quando mantido dentro de casas e apartamentos.

O escudo persa pode ser propagado facilmente, através de segmentos provenientes das podas periódicas, frequentemente realizadas com o intuito de se obter uma touceira mais densa, com mais ramificações. Os cortes podem ser colocados em um recipiente com água, para que enraízem e produzam novas mudas. Há quem os coloque em areia úmida, com a mesma finalidade.


Não existem relatos de que a espécie Strobilanthes dyerianus seja tóxica para crianças e pets. Ainda assim, é sempre bom ensiná-los a não ingerir plantas ornamentais, sejam elas quais forem. Há muitas espécies de plantas de interior capazes de causar sérios problemas gástricos, caso sejam ingeridas acidentalmente.

Infelizmente, a planta escudo persa costuma perder o colorido vibrante de suas folhas, à medida que amadurece. Neste caso, basta fazer uma poda e incentivar o surgimento de novas ramificações. Além disso, devido à facilidade de multiplicação desta espécie, novos exemplares podem ser obtidos, a partir dos mais idosos. Esta é uma planta roxa que faz um belíssimo contraponto em relação à predominante coloração verde das nossas florestas urbanas, urban jungles.

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Bacharel em biologia pela Unicamp, com mestrado e doutorado em bioquímica pela Usp, escreve sobre o cultivo de orquídeas, suculentas, cactos e outras plantas dentro de casas e apartamentos.

São Paulo, SP, Brasil