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Suculenta Kalanchoe thyrsiflora


Suculenta Kalanchoe thyrsiflora
| Kalanchoe thyrsiflora |

Esta é uma planta suculenta que faz bastante sucesso junto aos colecionadores. Suas folhas grandes, arredondadas, em forma de raquetes, pás de remos, ou ainda panquecas, organizam-se ao redor de um eixo central, formando uma roseta pouco compacta, mais solta, de belíssimo efeito escultural. Por este motivo, a Kalanchoe thyrsiflora costuma receber uma grande variedade de nomes populares, que acabam causando uma certa confusão quanto à sua real identidade.

A suculenta Kalanchoe thyrsiflora costuma ser confundida com a Kalanchoe luciae, popularmente conhecida como suculenta orelha de elefante. No entanto, tratam-se de espécies botânicas distintas, muito embora suas aparências sejam similares. Para distingui-las, é importante prestar atenção às colorações das folhas e flores, em ambas as espécies.


Neste quesito, as folhas da suculenta Kalanchoe luciae costumam adquirir uma tonalidade avermelhada, mais intensa, principalmente nas bordas destas estruturas, quando a planta é cultivada sob sol pleno e, particularmente, quando exposta às baixas temperaturas do inverno. Por outro lado, a Kalanchoe thyrsiflora apresenta folhas mais esverdeadas, levemente azuladas, ganhando somente uma discreta nuance avermelhada, apenas quando bastante estressada pela radiação solar. Além disso, as folhas da Kalanchoe thyrsiflora apresentam um aspecto empoeirado mais proeminente, graças à deposição de pruína, uma substância cerosa que lembra um pó translúcido.

Outro fator que ajuda a distinguir estas duas suculentas é quanto à disposição de suas folhas arredondadas. Quando comparada à Kalanchoe thyrsiflora, a espécie Kalanchoe luciae apresenta uma aparência bem mais compacta, com as folhas unidas e dispostas ao nível do solo, sem um caule aparente.

Além disso, as flores produzidas pela suculenta Kalanchoe thyrsiflora são bastante perfumadas, apresentando uma coloração amarela intensa, brilhante. Por outro lado, a Kalanchoe luciae produz flores mais discretas, em um tom pálido de amarelo, quase branco, sendo apenas sutilmente perfumadas.


Os apelidos dados à espécie Kalanchoe thyrsiflora são basicamente os mesmos atribuídos à sua rival, de modo que a confusão só aumenta. No exterior, esta suculenta é conhecida como paddle plant, em função de suas folhas em forma de pás de remos. Também há quem a chame de flapjack succulent, em referência ao formato de panquecas de suas folhas. Aqui no Brasil, o mais comum é que ela seja apelidada de suculenta orelha de elefante.

A Kalanchoe thyrsiflora é uma suculenta típica do continente africano, sendo naturalmente encontrada em países como África do Sul, Lesoto e Botsuana. Assim como todas as espécies do gênero Kalanchoe, esta planta faz parte da família botânica Crassulaceae.

Esta é uma espécie adaptada aos climas quentes e secos, solos arenosos ou rochosos, pobres em matéria orgânica, ocorrendo frequentemente em regiões descampadas, sob sol pleno. Por este motivo, a suculenta Kalanchoe thyrsiflora também é conhecida como desert cabbage, repolho do deserto. O que é praticamente um bullying em relação a uma planta tão ornamental.


Quando cultivada em ambientes com luminosidade intensa, a Kalanchoe thyrsiflora produz inflorescências que podem atingir mais de um metro de altura. Suas flores apresentam a forma de uma urna, com um perfume bastante pronunciado e uma coloração amarelo ouro intensa. Esta é uma espécie botânica de dias curtos, o que significa que ela só floresce durante os meses de outono e inverno, quando as noites tornam-se mais longas.

Infelizmente, a floração da Kalanchoe thyrsiflora também significa o momento da sua morte. Tecnicamente, esta é uma espécie monocárpica. A inflorescência é terminal, surgindo a partir do centro da roseta de folhas suculentas. Ao término da floração, as folhas secam e a planta morre. Quando isso acontece, no entanto, a suculenta já terá produzido sementes, caso suas flores tenham sido polinizadas, fato que garantirá a perpetuação da espécie. Além disso, a esta altura, a planta também terá produzido vários brotos laterais, a partir da base da planta mãe.

Ainda que a Kalanchoe thyrsiflora beneficie-se do cultivo ao ar livre, em jardins de inspiração desértica, sob sol pleno, plantada diretamente no solo, e sendo influenciada pelas noites mais longas e frias do outono e inverno, para que sua floração ocorra, nada impede que ela seja mantida em vasos, dentro de casas e apartamentos, desde que exposta a bastante luminosidade. Nestes ambientes internos, contudo, é improvável que esta suculenta floresça.


Aliás, esta pode ser uma grande vantagem, já que a parte vegetativa sobrevive por mais tempo. Com efeito, muitos cultivadores de plantas suculentas preferem evitar que suas florações aconteçam, de modo a favorecer o desenvolvimento das folhas, que são as estruturas mais ornamentais, neste grupo botânico.

Tudo o que a Kalanchoe thyrsiflora precisa, em ambientes internos, é de um local que receba bastante luminosidade e um vaso capaz de drenar eficientemente a água das regas. Este recipiente pode ser de plástico ou barro, desde que tenha furos no fundo e uma camada de drenagem, composta por pedrisco, argila expandida ou cacos de telha. Sempre lembrando que, caso o vaso de plástico seja escolhido, a frequência das regas deve ser mais espaçada, já que este material ajuda a reter a umidade no solo por mais tempo.

O substrato ideal para o cultivo da Kalanchoe thyrsiflora é aquele mais arenoso, pobre em matéria orgânica. O material precisa ser bem aerado e pouco compactado. Uma mistura de terra vegetal e areia grossa de construção, em partes iguais, pode ser utilizada. Alternativamente, substratos próprios para o cultivo de cactos e suculentas, vendidos prontos para o uso, são excelentes opções.


A Kalanchoe thyrsfilora não precisa ser adubada em abundância, principalmente se o intuito for evitar sua floração. Uma fórmula inorgânica, do tipo NPK, com níveis equilibrados destes nutrientes, é suficiente para garantir um bom desenvolvimento desta suculenta. Existem marcas de fertilizantes que produzem fórmulas específicas para cactos e suculentas.

Multiplicar a Kalanchoe thyrsiflora é bastante tranquilo, uma vez que esta planta produz brotações laterais, a partir da base da planta principal. Além disso, folhas saudáveis, cuidadosamente destacadas da planta mãe, podem ser colocadas em um berçário de suculentas. Em pouco tempo, estas estruturas produzem raízes a partir de suas extremidades, gerando uma nova muda, no decorrer dos meses. Contudo, é preciso ter bastante paciência, até que a plântula originada a partir de uma folha transforme-se em um indivíduo adulto.

Sendo que muitas espécies de Kalanchoe apresentam um histórico de toxicidade em seus tecidos vegetais, convém evitar que crianças e animais de estimação tenham acesso à Kalanchoe thyrsiflora. Desta forma, incidentes com ingestões acidentais são evitados.

No mais, esta é uma suculenta de fácil cultivo, bastante resistente, que cresce e se multiplica com rapidez, características comuns aos diversos representantes do gênero.

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Bacharel em biologia pela Unicamp, com mestrado e doutorado em bioquímica pela Usp, escreve sobre o cultivo de orquídeas, suculentas, cactos e outras plantas dentro de casas e apartamentos.

São Paulo, SP, Brasil