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Suculenta Echeveria elegans


Suculenta Echeveria elegans
| Echeveria elegans |

Ainda que existam muitas plantas suculentas cujas aparências nos remetem a flores petrificadas, aquelas pertencentes ao gênero Echeveria são as mais amplamente cultivadas e comercializadas. Popularmente conhecida como rosas de pedra, cada espécie apresenta suas particularidades, em relação às cores, formatos, tamanhos e texturas de suas folhas suculentas. Já as florações, curiosamente, costumam ser todas muito parecidas, entre si.

A suculenta Echeveria elegans possui um apelido curioso e intrigante, sendo popularmente conhecida como bola de neve mexicana. De fato, esta é uma espécie nativa do estado de Hidalgo, no México. Em países de língua inglesa, os nomes populares mais comumente utilizados são mexican snow ball, mexican gem, hens and chicks ou hens and chickens, estes dois últimos termos referindo-se a galinhas e pintinhos, em alusão ao fato de a planta mãe soltar vários pequenos brotos laterais, ao redor da sua base.


Dentre as diversas espécies que compõem o gênero, a Echeveria elegans é uma das mais conhecidas e cultivadas. Aqui no blog, já apresentamos a Echeveria pulidonis, Echeveria pulvinata, Echeveria shaviana, além dos híbridos Echeveria 'Topsy Turvy', Echeveria Perle von Nürnberg, Echeveria 'Black Prince', e Echeveria 'Imbricata', entre outros.

Esta é uma espécie bastante utilizada na produção de híbridos intergenéricos, em que há o cruzamento entre espécies pertencentes a gêneros distintos. É o caso da famosa Graptoveria 'Fantome', que é resultado da miscigenação entre Echeveria elegans e Graptopetalum paraguayense.

Além de apresentarem uma organização geométrica fascinante, em forma de roseta, as folhas suculentas da Echeveria elegans também são conhecidas por sua aparência empoeirada, que é devida à deposição de uma substância cerosa, em forma de pó, sobre a superfície da planta. O nome técnico deste material translúcido é pruína, e sua função é proteger a suculenta da perda de água por evaporação.


Na prática, trata-se de uma adaptação que diversas plantas suculentas desenvolveram para que pudessem sobreviver em ambientes de clima semiárido, vegetando sob sol pleno, em meio a rochas e sobre um solo arenoso.

E é justamente devido a este acabamento fantasmagórico de pruína que devemos manusear a Echeveria elegans com cuidado. Ao passarmos a mão sobre as folhas, acabamos deixando um rastro de coloração mais escura e esverdeada, arruinando a bela aparência fosca azulada da planta. Se há uma coisa que deixa um colecionador de suculentas irritado é a pessoa ficar manipulando as plantas, marcando-as com suas digitais.

Outra consequência desastrosa do excesso de manipulação da Echeveria elegans é a perda de suas folhas, principalmente as mais basais. De modo geral, ao menor toque, as rosas de pedra costumam ficar despetaladas, perdendo estas estruturas enquanto ainda estão saudáveis. Isso ajuda a acelerar a obtenção de um aspecto pescoçudo da planta, já que o caule vai se tornando cada vez mais comprido.


As folhas resultantes deste desastre, no entanto, podem ser aproveitadas para a multiplicação da Echeveria elegans. Basta colocá-las em um berçário de suculentas e aguardar que estas estruturas se enraízem e produzam novas mudas.

Outro fator que leva à formação de uma suculenta pernalta é a falta de luz. Quando cultivada em um local muito sombreado, a Echeveria elegans tende a se desenvolver de forma mais acelerada, ficando com o caule mais fino e comprido, apresentando um maior espaçamento entre as folhas. Esta é uma situação em que a planta fica estiolada, em busca de mais luminosidade.

Para corrigir este problema, além de transferir a suculenta para um local mais ensolarado, o cultivador pode realizar uma poda radical, popularmente conhecida como decapitação de suculentas. Através deste processo, a roseta superior é cortada e plantada separadamente, gerando uma planta mais compacta. O caule remanescente pode continuar a ser cultivado normalmente, já que irá produzir inúmeras novas brotações, que podem ser utilizadas para a propagação da Echeveria elegans.


Ainda que goste de ser cultivada em um ambiente com bastante luz, a Echeveria elegans pode ter suas folhas queimadas, caso seja exposta à luz solar direta, durante os períodos mais quentes do dia, principalmente no verão. Além disso, plantas que estão acostumadas à luz filtrada devem ser expostas ao sol pleno com cuidado, de forma gradativa, para que tenham tempo de se adaptar à nova situação. De qualquer forma, é sempre bom filtrar a luz com uma tela de sombreamento capaz de reter 50% da radiação solar. 

Dentro de casas e apartamentos, o risco de estiolamento é grande. Para evitar que isso aconteça, é importante colocar o vaso em um local próximo a uma janela bem ensolarada, que pegue algumas horas de sol direto no início da manhã ou final da tarde. Sacadas, coberturas e jardineiras externas são locais ideais para o cultivo da Echeveria elegans.

Em áreas externas, esta é uma espécie que fica muito bem em jardins de inspiração desértica, juntamente com rochas, cactos e outras plantas suculentas. Mais uma vez, é importante que o local receba bastante luminosidade.


Como toda planta suculenta, a Echeveria elegans requer regas bem espaçadas, que devem ocorrer apenas quando o solo estiver completamente seco ao toque. A periodicidade varia conforme o clima no local de cultivo e a estação do ano, entre outros fatores. Esta espécie pode ser cultivada em vasos de barro ou plástico, sempre lembrando que o segundo retém a umidade por mais tempo, de modo que as regas devem ser menos frequentes.

O substrato para o cultivo da Echeveria elegans deve ser rapidamente drenável, bem aerado, de natureza mais arenosa. Obtém-se a consistência ideal através da mistura de terra vegetal e areia grossa de construção, em partes iguais. Alternativamente, pode-se comprar o substrato já pronto, com uma formulação própria para o cultivo de cactos e suculentas.

A Echeveria elegans não requer uma adubação muito intensa ou elaborada. Como muitos cultivadores preferem que suas suculentas não floresçam, para valorizar o aspecto vegetativo, os fertilizantes mais ricos em fósforo não costumam ser fornecidos. Uma adubação do tipo NPK, de manutenção, com formulação própria para cactos e suculentas, pode ser aplicada durante o período de crescimento da planta.

Esta talvez seja a suculenta mais frequentemente encontrada nas coleções, podendo ser adquirida até mesmo em feiras e supermercados. Bastante resistente, de fácil cultivo, exige pouca manutenção e se multiplica com rapidez. Trata-se de uma excelente opção para quem está começando a cultivar suculentas.

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Bacharel em biologia pela Unicamp, com mestrado e doutorado em bioquímica pela Usp, escreve sobre o cultivo de orquídeas, suculentas, cactos e outras plantas dentro de casas e apartamentos.

São Paulo, SP, Brasil